sexta-feira, 31 de dezembro de 2100

Taiki Yoga





O QUE É IMPORTANTE SABER

Taiki-Yoga (harmonização física e mental) é uma "ginástica doce", pois, ao contrário das ginásticas vulgares, não requer movimentação desgastante, que se coloca, ao nível físico (muscular e tendinoso), mas se centra numa cadência lenta e natural e que, tranquilamente, no convívio da mente com a respiração e com o corpo, se manifesta em específicas posturas muito interessantes e muito belas.


"Não consome energias, não é reservada aos jovens, não é exclusiva de atletas. Ao contrário, acumula energia. Ao terminar a sessão, o praticante deve sentir-se mais leve, forte, tranquilo, física e mentalmente" (Prof. Hermógenes).


Tudo isto verifica o vulgar praticante quando se entrega a um programa consentâneo com a sua condição. Pode-se afirmar que uma aula de Taiki-Yoga é uma completa fisioterapia, bem com uma profunda psicoterapia porque, através da exercitação de técnicas simples ou sequenciadas, ao alcance de todos, oferece a via individualizada para uma progressiva condição de integral saúde e bem-estar.
Sem necessitar de quaisquer "ferramentas" externas, uma aula teórico-prática de Taiki Yoga recorre ao corpo, à mente e à respiração. São estes os instrumentos necessários para a prática benfazeja. Não é necessário um grande espaço. Basta um lugar onde se possa estar tranquilo. E é tudo. Nada mais é preciso que propor ao corpo que acompanhe a mente, unindo-se através de uma respiração compassada e correcta.
Taiki-Yoga é uma prática serena, descomplexada e consciente. Basta que o praticante aprenda a "escutar" as necessidades (e limitações) corporais e psíquicas. Então, pode beneficiar com a agradável exercitação que tornará os sistemas sustentadores de vida cada vez mais activos numa inter-relação harmoniosa. 


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

YOGA - HARMONIA - UNIÃO


YOGA 
como terapia integral



     Yoga/harmonia/união/centro/refúgio/serenidade.
     É esta a significação e a atmosfera do “YOGA”.
   E parte daqui (do primeiro passo) o caminho que nos leva à estabilidade emocional; à leveza física; à prevenção de variadíssimas enfermidades; ao gosto de viver.
  “Mente sã em corpo são” é proposta que nos deveria levar a uma responsabilização quotidiana do nosso viver. Que deveria lembrar-nos a necessidade de estarmos presentes em cada dia e não só em períodos de exposição. Que deveria motivar-nos a querer fazer amizade connosco mesmo antes da exibição pública.
   YOGA, pois, como terapia, como recreio, como meditação.
  E porque não é a mudança de calendário que tudo muda, mas nos ajuda a procurar um caminho de mudança, porque não dar o primeiro passo na busca da nossa própria pacificação, e dá-lo agora?
   
   Não é tarde demais. Nem cedo, ainda. É o momento certo. É!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

ALÍVIO DAS DORES CERVICAIS



CABRESTO


     A “dor” situada na zona das cervicais é uma queixa frequente. O “problema” advém de sermos criaturas verticais e, logo, sujeitos a colocar peso sobre as vértebras.
   Quando deixamos que esse peso se instale por demasiado tempo, sem cuidarmos essa estrutura com simples exercícios de descompressão e relaxe, passaremos a ser sofredores crónicos de mal-estar permanente que nos levará à medicação e às mãos dos fisioterapeutas.
   No entanto, podemos, em qualquer momento, sossegadamente, e de um modo pessoal, exercitar gestos simples que conduzem a um progressivo alívio.
   Porque não experimentar (com extraordinário proveito), esta técnica do Taiki-Yoga, que se realiza desta maneira:

*       Deite-se de costas, relaxe o corpo e pacifique a mente;
*      Coloque a palma de uma das mãos na nuca e a outra sob o maxilar inferior (são essas  as ferramentas que vai utilizar);
*      Então, inspire profundamente, retenha um pouco e, expirando longamente, segure  firmemente a cabeça (com a mão da nuca) e empurre (com a mão no maxilar);
*        Sinta o alongamento do pescoço;
*        Inspire e tente colocar a mão da nuca um pouquinho mais longe.
*       Inspire outra vez, retenha e, expirando, torne a esticar o pescoço.
*       Repita as vezes que entender. Depois troque as mãos e repita o exercício.
*    Quando terminar, estenda os braços ao longo do corpo e faça um leve rolamento da  cabeça para um lado e para outro.

Dose : As vezes que achar conveniente. A tarefa não tem efeitos secundários.


Nota – Mantenha a atenção centrada no pescoço e coordene a acção das mãos. Procure relaxar o corpo e deixar distender o pescoço. Não faça força com as mãos, mas mantenha um gesto firme e contínuo. Com a soma de realizações, depressa aperfeiçoará a técnica e se tornará amigo dela. 

sábado, 24 de agosto de 2013

DESCOMPRESSÃO GERAL DAS cOSTAS






















"Montanha" - Alongamento Geral das Costas

      A nossa estrutura física tem necessidade de ser exercitada para manter a sua inteira capacidade de facilitar a movimentação harmoniosa de todas as suas "peças". Flexibilidade e tonicidade são indispensáveis para que possamos fazer o caminho da nossa vida sem sentirmos os "travões" de incomodidades sempre prestes a surgir.
     Sabemos bem que qualquer instrumento, por mais simples que seja, necessita de cuidados e o nosso corpo não é um "instrumento" muito complexo e sujeito a "avarias". Uma estrutura corporal harmoniosa é uma companhia agradável e não um fardo que nos cria incómodos permanentes.
   Como criaturas bípedes e, logo, sujeitas ao peso da gravidade, para além das preocupações do dia-a-dia, acumulamos peso nos ombros e nas costas. No início não nos apercebemos, mas, grama a grama, o peso instala-se, até que o desconforto se torna sofrimento e nos parece que todo o peso do mundo caiu sobre os nossos ombros.
    E, no entanto, há processos simples e agradáveis de evitar essa consequência que, mais tarde ou mais cedo, nos conduz à busca de remédios com os seus efeitos secundários.
    Um exercício excelente, de fácil e agradável realização, para descontrair o corpo e a mente é a "Montanha" e que se realiza do seguinte modo:

* Procure um cantinho onde possa estar tranquilo. Se tiver uma música suave como companhia, o exercício será mais compensador. Então, aí, de pé, com os pés mais ou menos unidos, prepara-se para realizar a postura.
* Una as mãos como em oração, entrelaçando os dedos e, com os olhos fechados (para poder seguir o movimento), inspire profundamente e retenha um pouco a respiração, após o que, expirando longamente, eleva as mãos com firmeza, sentindo o alongamento geral (braços, ombros e costas).
* Mantenha o estiramento (sem contrair os ombros). Depois, inspire de novo e, com o ar retido, estique um pouco mais, até que, expirando, deixe os braços descer, pelo centro, exactamente pela linha em que os subiu.
* Respire normalmente e repita as vezes que entender.

Nota - Este exercício não é meramente corporal. A mente deve estar consciente do movimento e da respiração. Mantenha sempre equilibrada a harmonia entre a firmeza e a elasticidade. Não force para não contrair. Não tenha pressa. Mantenha-se numa "zona" de conforto. Seja simpático para o corpo. Sinta alegria no movimento.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Alongamento geral


Cegonha

   Yoga é uma atitude perante a vida. Uma atitude de respeito. E o respeito só é possível através da consciência do pensamento e dos gestos. Só um corpo e uma mente harmonizados podem sustentar esse estado de espírito sereno.
   Por hábito e desatenção não costumamos "escutar" as necessidades físicas e mentais e deixamo-nos envolver pela atmosfera cheia de pressa e agressividade que nos rodeia. No entanto, pagamos um preço caro pela indiferença aos avisos do nosso corpo. Aos poucos, todo o ser entra em desgaste, mas só percebemos o problema quando o malefício se instalou de tal modo que precisamos de nos medicarmos com químicos.
   No entanto, bastariam alguns minutos diários para combater o peso que invade o nosso corpo e a nossa mente. Alguns minutos em que damos atenção a nós próprios. Alguns minutos para que possamos relaxar o bastante para expulsar a toxicidade do esforço de um dia de trabalho.
  Costumamos fazer a nossa higiene externa, mas esquecemo-nos de limpar as sujidades internas. A nível mental, são os pensamentos negativos, a carga recebida no dia de trabalho e conflitualidade; a nível físico é o desgaste continuado que torna o corpo um fardo contraído e pesado.
    Alguns minutos por dia, não é muito, pois não?
   O que custa deitarmo-nos numa superfície macia, mas dura, fechar os olhos, sentir a respiração, abandonar o corpo num relaxamento consciente? Dez minutos fazem milagres. A mente registará esses momentos e, mesmo enquanto trabalhamos, a memória recuperará a sensação agradável e nos lembrará que tornaremos, no fim do dia, a experimentá-la de novo.
   Esse efeito psicológico é como um elixir que nos ajudará a fazer a jornada do dia-a-dia até outro momento de higiene profunda a todo o ser.
   Hoje se apresenta um exercício (ásana) de alongamento, designado por CEGONHA e que se realiza assim:

* De pé, olhos fechados e braços ao longo do corpo.
* Faça uma longa inspiração enquanto eleva os braços, bem estendidos, ficando com eles acima da cabeça, bem esticados e como ar retido. Depois...
* ...expirando longamente, dobra pela cintura (mantendo os braços esticados) e vai aproximando do chão, até que as mãos tocam as pernas. Aí, onde as mãos chegam, prende e, puxando, amplia a postura. Então...
* ... inspirando, mantém a posição, após o que, expirando, vai subindo devagar, até ficar na posição inicial (com os braços ao longo do corpo).
* Respire profundamente.

Dose - 3 vezes.

Nota: O exercício deve ser realizado lenta, consciente e calmamente.É a respiração que sustenta a movimentação corporal. Lembre-se que a finalidade não é chegar com a testa aos joelhos, mas esticar o tronco. E não se esqueça que deve manter a realização numa atmosfera elástica, ou seja, não force. deixe sempre um espaço de progressão. Naturalidade é o alicerce do Yoga.







sábado, 18 de maio de 2013

Relaxamento - Tensão arterial




Relaxamento Meditativo

    "Investigadores da University of Pennsylvania, nos EUA, demonstraram que os indivíduos que praticavam yoga duas a três vezes por semana apresentavam diminuições significativas na pressão arterial. Em média, foi observado uma descida de 3 mmHg tanto na pressão sistólica como diastólica".
    Esta notícia, relatando uma realidade comprovada pelo método científico, vem de encontro a uma realidade concreta e verificada a todo o momento. Não admira que assim seja, pois  a prática do Yoga oferece esse extraordinário benefício que é a harmonização do ser inteiro. YOGA é isso mesmo: harmonia física e mental.
     Os exercícios, no seu consciente e sereno desenvolvimento, em que dão as mãos a respiração, o movimento corporal e a acção mental, conduzem à tonificação e ao relaxamento que atinge as profundidades da nossa estrutura, em todas as suas dimensões.
   Sendo uma prática que convém a todos, independentemente da idade ou das condições físico-mentais de cada um, oferece o remédio para muitas enfermidades que se enraízam devido à nossa distracção face aos avisos que chegam em forma de sensações desagradáveis e às quais não escutamos.
    A "tensão arterial" é devida aos vasos "apertados", como resultado da nossa inquietude, da nossa insegurança. Se forçarmos o corpo, teremos caímbras, que são a crispação muscular. Se agredirmos o nosso ser, com pensamentos negativos permanentes, manifestação insidiosa do "stress", o todo sofrerá. Vamos então, acalmar, relaxar.
     Como? Dando tempo e atenção a nós próprios através de um conjunto de exercícios que terminam com o "relaxamento meditativo" que conduz a esse mergulho interior, a essa pacificação profunda, que permite a descontracção muscular, a harmonia respiratória, o relaxamento vascular.
      Experimente esta técnica:

* Procure um cantinho onde possa estar tranquilo e sem interferências exteriores. Deite-se num tapete, muito à vontade, com os braços ao longo do corpo. Feche os olhos e tome consciência do corpo. Depois...
* ... sinta a respiração a serenar (nunca altere a cadência, que será cada vez mais leve).
* O exercício começa aqui.
* Mantenha-se dentro de si. Durante todo o tempo, imagine que é uma bola de sabão, muito leve, que se expande e contrai. Já não são só os pulmões que se dilatam, mas todo o ser. 
* E junte um pormenor subtil e que permite uma sensação extraordinariamente agradável e benfazeja: cada vez que expirar, sorria levemente, um sorriso que vem de dentro. Primeiro sente a face ceder, perdendo a rigidez, depois um afago desce pelo corpo. Concentre-se nessa sensação.

Dose: 10 minutos (ou o tempo que quiser)

Nota - Não se recrimine se a mente se afastar. Ela regressará para o centro. Deixe-se afundar no tapete. Deixe o corpo "desaparecer". Quando quiser acordar, respire progressivamente mais forte.




sábado, 27 de abril de 2013

Activação total - Cisne


Cisne ou Pomba


     "Yoga" significa união. "União" significa harmonia. "Harmonia" significa inter-relação entre todas as partes. O conceito de "Yoga" é um pouco mais que isso. É um conjunto de técnicas corporais (ásanas); um aprimoramento respiratório (pranayamas); e uma estabilização mental (centralização psíquica).
     Não há movimentos que não sejam possíveis por todos os praticantes, sejam principiantes ou mais evoluídos, porque cada técnica tem graus diversos, apropriados para a capacidade de cada um.
     "Yoga" é harmonização física e mental. Ora, para alcançar esse estado teremos de mudar a nossa maneira de pensar o que é, na realidade, o bem-estar. Se reflectirmos sobre o que pensamos em relação a qualquer treino para melhorar a condição do nosso ser, verificamos que não passamos além do exercício agressivo sobre o corpo, através de um trabalho duro e intenso. 
     Ora, um treino rápido, intenso e inconsciente, para chegar a uma meta sem passar pelas diversas fases, nos conduz a colocar o trabalho em determinada região corporal, sem atender às condições gerais e à relação com as outras partes.
     Esquecemo-nos que o corpo não aprende. Para além da suas funções automáticas, a maquinaria física só responde se a mente estiver presente. E esquecemo-nos, igualmente, que o nosso corpo físico funciona na soma das diversas partes e dimensões. O que é solicitado ao braço, por exemplo, tem resposta no resto corporal. Quando exercitamos um músculo, responderá, também, a dimensão esquelética, o ritmo cardíaco, a profundidade respiratória, etc.
     Assim sendo, deveremos estar "inteiros" no exercício, isto é, propondo ao corpo físico, sem exigências, e acompanhando atentamente a evolução, passo a passo. De outro modo, se estivermos distraídos, ao fazermos um alongamento, haverá uma retracção. É como se conduzíssemos o nosso automóvel, acelerando-o, mas mantendo o travão accionado.
    Todo e qualquer exercício deve ser realizado mantendo, sempre, um espaço de conforto, isto é, antes de atingir o limite.
    Propomos, hoje, um ásana interessante, talvez um pouco complexo para iniciantes, mas excepcionalmente benéfico e que se designa "Cisne ou Pomba", em virtude da sua execução, e que tem o seguinte desenvolvimento:

* Ajoelhe-se e, a partir dessa atitude, estenda uma perna para trás, ficando apoiado sobre a perna dobrada. Então...
* ... inspire profundamente (pelo nariz, claro) e com a mão correspondente à perna dobrada, apoie-se na coxa, eleve o tronco e, expirando longamente, faça uma ligeira rectroflexão, ao mesmo tempo que a mão corresponde à perna estendida, realizando uma torção da coluna, se abre como a asa da pomba ou cisme e tenta tocar na coxa, ficando aí um pouco. Depois...
* ... inspire profundamente e, expirando, regresse a atitude inicial, para...
* ... inverter a posição das pernas e realizar o movimento para o outro lado.

Dose: 3 vezes

Nota - Este interessante (e elegante) movimento actua sobre a abertura pélvica, sobre a coluna (torção e rectroflexão), estimula os chakras e comprime a região renal e supra-renais. Deve ser realizado com vagar e ao compasso da respiração.