sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Postura da LUA













Escoliose 
(tratamento)
Fortalecimento das Costas e Coluna Vertebral

É sempre útil lembrar que a nossa estrutura corpórea é um conjunto de elementos que se interrelacionam para que o funcionamento geral se processe com a naturalidade de um organismo saudável.
Esta presente postura beneficia profundamente a coluna, pois todo o exercício é "colocado" de modo a distendê-la (encurvando-a) lateralmente, estimulando, assim, uma correcta postura.
O desenvolvimento da MEIA LUA exerce um efeito alternado de estiramento/compressão sobre as faces laterais do tronco, conduzindo ao desbloqueio e "calibragem" de massas musculares e tendinosas, produzindo uma sensação de vitalidade e relaxamento.
Actuando sobre a coluna vertebral e dobrando-a, elo por elo, exerce um efeito estimulante sobre os "cabos" de apoio da coluna (tendões e massas musculares), tornando-a mais capaz de manter uma verticalidade maleável.
Os seus efeitos fisioterápicos, a níveis mais internos, têm benéfica acção sobre o funcionamento do baço, pâncreas e cólon.
O praticante deve, pois, estar atento ao equilibrado desenvolvimento do exercício (ásana) para colocá-lo nas regiões a que se destina e, assim, colher integralmente os benefícios.
A execução deve estar condicionada aos ciclos respiratórios naturais de cada praticante (respiração completa: inspiração-pausa-expiração-pausa).
Para "sentir" a resposta corporal e reequilibrar as funções psicológicas, o praticante deve desenvolver o exercício com os olhos fechados para "assistir" ao seu desenrolar, coordenando todo o percurso corporal.
O desenvolvimento deste ásana tem as seguintes etapas:

* Em posição de pé, com pernas afastados a uma distância que possibilite equilíbrio estável e desenvolvimento harmonioso, deixe os braços caírem ao lado do corpo, depois;
*... inspire profundamente, abrindo os braços em cruz, e faça uma ligeira pausa em retenção respiratória (em cheio) e, então;
*... comece a expirar, lentamente, enquanto o braço direito, bem esticado, se eleva (palma para cima), passa por cima da cabeça e se "enrola" sobre ela, ao mesmo tempo que o esquerdo desce ao lado da perna, onde termina a expiração e tem lugar outra pausa respiratória (em vazio) após o que;
* ... inspire profundamente e inicie a subida,  expirando lentamente e deixando que os braços caiam para diante e as mãos se toquem. Então;
* ... relaxe conscientemente (com respiração livre).
* Reinicie, dobrando para o lado inverso.

Dose: 3 vezes

Nota - Procure desenvolver gestos harmoniosos com os braços, ao abri-los em cruz e ao descrever a curvatura lateral. Procure que ambos façam o percurso em uníssono. Não permita que o corpo se incline para diante, pois esse "truque" é uma ilusão que retira ao exercício a maior parte da sua preciosa ajuda à aquisição de progressivo bem-estar.
    Finalmente, recorde que nunca deve realizar o exercício com o máximo de plenitude, mas deixe uma folga que permita manter o conforto. Nem preguiça nem esforço é regra de ouro.
    As imagens acima mostram que cada praticante evolui até determinada amplitude, que é a permitida pela sua estrutura e pela sua progressão "ginástica", demonstrando que o Yoga não pretende elevar cada um ao nível de ginasta de circo, mas ao bem-estar pessoal.

sábado, 3 de novembro de 2012

Respiração alternada



Respiração Alternada / Polarizada / limpeza


     Todos os seres viventes respiram. A respiração serve para levar nutrientes aos mais recônditos espaços da fisiologia. Sem respiração suficiente, a criatura definha. Sem respiração, a criatura morre. Basta que haja uma leve dificuldade respiratória e a aflição se faz presente. Basta deixar de respirar durante um curto período de tempo e poderá haver consequências irreversíveis a nível cerebral.
     Estas leves considerações nos mostram como a respiração (levar azoto e oxigénio aos órgãos, através da inspiração; limpá-los do nutriente "queimado", já dióxido de carbono, através da expiração) é um factor de boa saúde, pelo que devemos dar-lhe mais atenção.
    Atenção, decerto, porque respiração não é só o automático acto de inspirar e expirar. Por isso, atenção, igualmente, à quantidade e à cadência.
   Já tomamos consciência de que, quando fazemos exercício físico, o corpo "exige" ciclos respiratórios mais frequentes e rápidos? E sabemos, minimamente, como funciona a respiração, qual o seu circuito, como actua e onde actua?
     A ideia geral reduz a respiração às vias respiratórias: nariz, boca e pulmões. Certo, mas não é tudo, pois o nutriente inspirado "atravessa" os alvéolos pulmonares e entra na circulação sanguínea onde, através de artérias, veias e capilares, nutre o organismo a nível celular.
    Um entendimento mais profundo nos dirá que a respiração, a todo o momento, denuncia o nosso estado de alma. Se estivermos inquietos, a respiração torna-se mais rápida e curta; se estivermos tranquilos, a respiração é mais espaçada e serena.
    Esta simples exemplificação nos mostra como a respiração é um instrumento que podemos (e devemos) utilizar para melhorar o nosso estado íntimo, para além da natural oxigenação corporal, pelo que respirar conscientemente se torna, também, uma excelente atitude meditativa que oferece proveitosos resultados.
   Poderemos, por exemplo, exercitar uma técnica simples que nos mostra como respirar convenientemente é activar uma ferramenta sempre à mão, sempre agradável e sempre libertadora. Experimentemos a respiração alternada/polarizada/limpeza, que se realiza deste modo:

* Sente-se confortavelmente (não é indispensável que seja nas posições convencionais do Yoga). O importante é poder libertar-se de incómodos para que possa concentrar-se no simples acto de respirar. Depois...
* ... feche os olhos e, utilizando o indicador, bloqueie a narina direita. Então, inspire lenta e profundamente pela esquerda, deixe o ar lá dentro, durante algum tempo e, bloqueando a narina esquerda, expire devagar e totalmente pela direita. 
*  Realize esta técnica durante algum tempo, sem forçar e sem levar o ar para o peito, mas deixando distender a zona estomacal e sentindo que acontece dentro de si. Quando julgar suficiente, quando se sentir leve e tonificado, mude o bloqueio da narina. Comece, então, a bloquear a esquerda, para inspirar pela direita.

Dose - 3 minutos.

Nota: Quando tiver o treino bastante para dominar, com facilidade, esta técnica, pode começar a centrar-se na abertura da asa da narina no momento da inspiração. Basta um pouquinho de atenção e vontade. Vale a pena, pois a inspiração se tornará mais fresca ao incidir num ponto mais profundo do nariz. Finalmente, quando se prepara para respirar conscientemente, lembre-se que a respiração nutre e limpa (corporalmente). E que (emocionalmente), estabiliza e liberta. Experimente.
   
PS. Não esqueça que as técnicas de yoga não são especificas para iniciados, mas próprias e benéficas para todos.