A nossa estrutura física tem necessidade de ser exercitada para manter a sua inteira capacidade de facilitar a movimentação harmoniosa de todas as suas "peças". Flexibilidade e tonicidade são indispensáveis para que possamos fazer o caminho da nossa vida sem sentirmos os "travões" de incomodidades sempre prestes a surgir.
Sabemos bem que qualquer instrumento, por mais simples que seja, necessita de cuidados e o nosso corpo não é um "instrumento" muito complexo e sujeito a "avarias". Uma estrutura corporal harmoniosa é uma companhia agradável e não um fardo que nos cria incómodos permanentes.
Como criaturas bípedes e, logo, sujeitas ao peso da gravidade, para além das preocupações do dia-a-dia, acumulamos peso nos ombros e nas costas. No início não nos apercebemos, mas, grama a grama, o peso instala-se, até que o desconforto se torna sofrimento e nos parece que todo o peso do mundo caiu sobre os nossos ombros.
E, no entanto, há processos simples e agradáveis de evitar essa consequência que, mais tarde ou mais cedo, nos conduz à busca de remédios com os seus efeitos secundários.
Um exercício excelente, de fácil e agradável realização, para descontrair o corpo e a mente é a "Montanha" e que se realiza do seguinte modo:
* Procure um cantinho onde possa estar tranquilo. Se tiver uma música suave como companhia, o exercício será mais compensador. Então, aí, de pé, com os pés mais ou menos unidos, prepara-se para realizar a postura.
* Una as mãos como em oração, entrelaçando os dedos e, com os olhos fechados (para poder seguir o movimento), inspire profundamente e retenha um pouco a respiração, após o que, expirando longamente, eleva as mãos com firmeza, sentindo o alongamento geral (braços, ombros e costas).
* Mantenha o estiramento (sem contrair os ombros). Depois, inspire de novo e, com o ar retido, estique um pouco mais, até que, expirando, deixe os braços descer, pelo centro, exactamente pela linha em que os subiu.
* Respire normalmente e repita as vezes que entender.
Nota - Este exercício não é meramente corporal. A mente deve estar consciente do movimento e da respiração. Mantenha sempre equilibrada a harmonia entre a firmeza e a elasticidade. Não force para não contrair. Não tenha pressa. Mantenha-se numa "zona" de conforto. Seja simpático para o corpo. Sinta alegria no movimento.