Pomba ou Cisne
A "escola" Taiki-Yoga oferece dezenas de técnicas corporais, cada qual incidindo sobre
uma determinada região corporal, conforme a finalidade pretendida, mas actuando sobre
a generalidade dos sistemas sustentadores de vida e saúde.
A “linguagem/palavra”, que designa cada postura,
não só lhe dá um “nome” reconhecível como sugere a forma de a realizar. Desde a “Borboleta”,
com o seu adejar leve, à “Andorinha”, com o seu desenvolvimento gracioso, o "nome" sugere que cada
gesto técnico se deve identificar com a figura que pretende imitar, através da
visualização centrada na memória e na imaginação.
Há, pois, posturas leves, flexíveis,
activantes, meditativas, etc., sendo que todas se relacionam, completando-se para favorecer a
interligação harmoniosa de todos os elementos constitutivos do nosso ser.
Devemos ter sempre presente que a maior “dificuldade” inicial do interessado na
prática do Yoga é desmontar a ânsia, própria da nossa mentalidade ocidental, que
pretende alcançar mais longe, mais alto e mais rápido, sem correspondência
amigável entre a mente e o corpo. Sabemos que, nas “ginásticas” comuns, tudo é feito em
esforço e com rapidez. No Yoga, porém, tudo é (deve ser) realizado serenamente, com harmonia.
Por isso, as primeiras etapas servem
para “limpar” essa “agressividade” instalada na programação neuronal que nos
move à competição com os outros e connosco próprios.
Nos primeiros passos, pois, busca-se a sabedoria que suavize o comando do corpo e acrescente a interiorização para senti-lo. Nesse período, os gestos tornam-se numa
“ginástica” mais consciente. Mais tarde se darão os acertados passos que conduzem ao Yoga,
isto é, à Harmonização. Yoga não é, pois, cada gesto, cada técnica respiratória, cada
“aula”. Yoga é a atmosfera alcançada com esses gestos físicos, com essas
técnicas respiratórias e com a atitude meditativa que permite desenvolver as
tarefas com a mente, o corpo e a respiração unidas numa só aspiração:
estabilizar o ser em todas as suas dimensões: corporal, psíquica e espiritual.
Hoje, apresentamos uma postura de dificuldade
média (foto da esquerda) e que é um excelente exemplo de exercício profundamente benéfico e
esteticamente belo. Trata-se da “POMBA” ou “CISNE”, que se realiza assim:
* Ajoelhe-se e sente-se sobre as pernas, depois
incline-se para diante, facilitando a extensão de uma das pernas, após o que se
endireita e se senta sobre a perna dobrada e coloca a mão sobre ela. Então...
* ... inspire profundamente (pelo
nariz), faça uma retenção respiratória e, expirando prolongadamente, com
auxílio da mão sobre a coxa, torça e retroflicta a coluna, procurando que o
braço solto (correspondente à perna estendida) se abra e gire graciosamente como a asa de uma ave, até tocar a perna, onde deve permanecer um pouco,
com a respiração suspensa (em vazio). Depois...
* ... inspire profundamente, sustente a
postura e, expirando, profunda e integralmente, volte à postura inicial, onde se prepara para trocar as pernas e exercitar para o lado inverso.
Dose: 3 vezes.
Nota - Este ásana promove a
flexibilidade geral, para além de estimular a região lombar, externa e interna, e os órgãos
pélvicos. Em termos mais “psíquicos”, acrescenta o nível de equilíbrio e, como
todo o trabalho bem feito, aumenta o tónus anímico, favorecendo a auto
confiança.
PS. Nas fotos acima podemos observar duas variantes do mesmo ásana. O Yoga oferece uma panóplia extensa de posturas corporais que podem ser exercitadas desde graus simples até variantes mais exigentes. Contudo a realização deve manter-se sempre dentro de uma "atmosfera" elástica e confortável. Nunca levar o movimento ao extremo é a regra de ouro.
PS. Nas fotos acima podemos observar duas variantes do mesmo ásana. O Yoga oferece uma panóplia extensa de posturas corporais que podem ser exercitadas desde graus simples até variantes mais exigentes. Contudo a realização deve manter-se sempre dentro de uma "atmosfera" elástica e confortável. Nunca levar o movimento ao extremo é a regra de ouro.
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